Urban Jungle: estilo dá clima de minifloresta ao ambiente
A edição de julho da Casa Vogue (compre aqui!) chega às bancas ilustrada pelo apartamento do arquiteto e designer Guto Requena. No décor, chama a atenção a grande urban jungle que ele projetou. Se você, assim como nós da redação, também ficou encantado com esse belíssimo mundaréu de plantas, trouxemos o guia definitivo para apostar na ideia e encher a casa com suas espécies favoritas.
+ LEIA TAMBÉM: Casa conectada: como começar a automatizar a rotina da sua residência Mas não basta comprar as verdinhas a esmo: alguns cuidados – como atenção à luminosidade, quantidade de água e o tipo solo – são necessários para que elas vivam por mais tempo e o ambiente fique mais bonito. As paisagistas Catê Poli e Gabi Almeida respondem essas questões e revelam dicas importantes para você montar sua urban jungle em casa ou apartamento. Confira!
Quanto mais luz natural, melhor para as plantas
As plantas precisam de luminosidade, por isso nem sempre dá para fazer da casa inteira uma urban jungle, explica Catê. "Tem que ser em ambiente claro, aonde tenha luz natural, e bem ventilado. É legal que ela fique perto de uma janela para ter um mínimo de claridade e faça a fotossíntese. Planta não é objeto é ser vivo".
Gabi concorda. "Contanto que tenha uma entrada de luz, não importa qual seja o cômodo, dá para fazer. Tem que ser perto de uma janela bem iluminada, no máximo a dois metros de distância. Se não a planta não consegue fazer a fotossíntese e começa a estiolar, que é crescer mais acelerado, mas com galhos muito finos e folhas espaçadas por falta de luminosidade adequada. Por exemplo, se o banheiro não tem entrada de luz, não é possível manter as espécies saudáveis por muito tempo".
+ LEIA TAMBÉM: Arte em NFT: como investir em obras e exibi-las em casa?
Cactos preferem ambientes mais secos (Foto: reprodução)
Gabi conta que cada espécie tem necessidades diferentes de luminosidade. "Podemos dividí-las em plantas de sol, que precisam de mais de seis horas de luz natural por dia; as de meia-sombra, que exigem em torno de quatro horas; e as espécies de sombra, que não demandam necessariamente de sol direto, mas precisam de um ambiente bem iluminado". Ou seja: avalie cada cantinho do seu lar antes de selecionar as plantinhas.
Catê recomenda conversar com um vendedor ou paisagista, para ir se familiarizando com as opções – e cita dracenas, pleomele-verde, pacová, jiboia, filodendros, costela-de-adão, raphis, ficus-lyrata, samambaia, zamioculca, guaimbê, ciclanto, asplênio, calateias, e orquídea phalaenopsis como as que melhor se adaptam a diferentes ambiente. Gabi acrescenta lírios-da-paz, antúrios, aglaonemas, musgos, suculentas e cactos.
+ LEIA TAMBÉM: 3 projetos inovadores que utilizam realidade aumentada
Nada de entupir o ambiente de plantas se ainda não sabe cuidar (Foto: Ilana Bessler)
Se você não está habituado a lidar com plantas, dê pequenos passos até se familiarizar, ao invés de lotar o ambiente de uma só vez, pois elas requerem cuidados. "Uma dica é misturar as alturas, fazer grupos com três ou quatros espécies diferentes. Brinque com opções pendentes em prateleiras, vasos em bancos, pedaços de madeira e caixotes como suporte, cestas que podem virar cachepots: solte a criatividade. O importante é não deixar tudo na mesma linha ou amontoado no mesmo canto", ensina Gabi.
Há quem se empolgue. "Tem gente que começa com três vasinhos, vai viciando e virando o 'louco das plantas', lotando o apartamento. Principalmente os jovens, millenials e geração Z. E se ficar over, tudo bem! Quem tem que dizer se está bonito ou não é você, a casa é sua, é você quem manda. Em uma urban jungle, quanto mais, mais divertido fica", opina Catê.
+ LEIA TAMBÉM: Tudo o que já sabemos sobre o Queer Eye Brasil
Quantidade de água e tipo de solo são importantes (Foto: ThinkStock)
A manutenção requer atenção aos detalhes: quantidade de luz e de água que a planta precisa receber e o tipo de solo. "Tem espécies que gostam de terra mais úmida, outras de solo mais arenoso. Também é preciso ter atenção ao adubo e à temperatura do ambiente: se é muito quente, se venta muito ou é muito frio. Tem plantas que gostam de sol, mas não toleram calor excessivo e a umidade. Samambaias e musgos, gostam mais de umidade, já suculentas e cactos preferem ambientes secos", explica Gabi. Se estiver tudo certo, as chances de surgirem pragas é menor e, caso apareçam, podem ser detectadas no início.
Por fim, fique atento a água acumulada no pratinho ou cachepô, pois ela apodrece a raiz, e confira se a planta está próxima à entrada de luz, pois ela precisa ‘ver’ o céu. Mas não tenha medo e aproveite cada erro. "Vai ser muito teste: a gente vai errar e vai matar uma planta ou outra. Faz parte, pois você está conhecendo as plantas conforme cultiva. Não se deixe frustrar. A gente tem que aprender com os erros para não repetir", finaliza Gabi.